A Ubisoft nos levou numa viagem através das eras por seis anos com a série Assassin's Creed, e no seu ápice, os jogadores viajaram por cenários históricos recriados com maestria que redefiniram o conceito de "mundo aberto" para os jogos atuais.
Os personagens foram épicos, e tudo foi incrível!
Tudo foi incrível... Até eles tomarem a decisão boba de que Assassin's Creed precisava de um modo Multiplayer.
A série sempre foi vista como um jogo single-player. Diferente de Call of Duty, Battlefield ou Gears of War, Assassin's Creed nunca conseguiu criar um modo multiplayer forte o suficiente pra se sustentar. O fato deles estarem lançando um jogo novo todo ano realmente dificulta bastante as coisas, já que sempre um jogo novo é lançado, todo o seu progresso no modo multiplayer é zerado, e todo o seu trabalho é perdido.
Porém, o fracasso não foi por falta de tentativas.
Desde Assassin's Creed: Brotherhood, em 2010, cada sequência adicionou aspectos diferentes ao modo multiplayer, e deu cada vez mais ênfase a esse modo. Apesar disso, a fórmula ainda não está perfeita, e na verdade, está muito longe disso!
O que será que pode fazer o modo multiplayer do Assassin's Creed IV: Black Flag atrair as massas?
Batalhas Épicas em Navios Piratas?
Esqueçam.
A Ubisoft já confirmou que não vão existir batalhas navais no modo multiplayer de Assassin's Creed IV: Black Flag, e francamente, isso foi um erro enorme.
Uma das coisas que vai diferenciar o Assassin's Creed IV do resto dos jogos, e trazer um sopro de ar fresco para a série (e pra todo o gênero) são as batalhas navais em tempo real. Poucos jogos nos deram a possibilidade de controlar nosso próprio navio por aí num mundo aberto, quanto mais numa arena multiplayer.
Já imaginaram o quanto isso ia ser épico?
Se a Ubiosft pegasse alguns aspectos da série Battlefield, Assassin's Creed poderia se consolidar de uma vez por todas como um renomado título multiplayer, dando ao jogador a possibilidade de assassinar seus inimigos em batalhas no chão, perseguindo-os por telhados ou à cavalo nas ruas da cidade, usando bombas e armadilhas, e agora em épicas batalhas navais.
Mas não, a Ubisoft não pensou nisso.
Ao invés de afunilar as possibilidades dos jogadores em um único tipo de experiência multiplayer, a empresa poderia nos dar a liberdade de lutar do jeito que preferimos.
Sem restrições.
Socialização em Rede, Cooperação?
Talvez, mas não é minha aposta.
Mesmo sem batalhas em multiplayer, a navegação em Black Flag não precisa ser necessariamente uma experiência solitária. Por que não um modo cooperativo?
Eu acho que a maioria dos fãs da série acham que já passou da hora de nos deixarem pegar uns cinco ou seis amigos e entrar numa versão completa do mundo single-player, e simplesmente sair por aí explorando os lindos cenários que o jogo proporciona. Imaginem a sensação de entrar no Jackdaw, o navio do Edward Kenway, e ter uma equipe de navegação totalmente feita por jogadores!
Enquanto você está no mastro, controlando o navio, os seus amigos estão nos canhões, correndo pelo convés, ou em cima das velas, à espera de uma chance para gritar "Terra à Vista!".
Terra à vista! -n |
Qual é, não pode ser tão difícil!
Assassinando com um Propósito? Stealth?
Não agradaria os players casuais.
E sim, com "players casuais" nós nos referimos aos gamers profissionais com 11 anos de idade.
Assassinando com um Propósito? Stealth?
Não agradaria os players casuais.
E sim, com "players casuais" nós nos referimos aos gamers profissionais com 11 anos de idade.
Se pararmos pra pensar, a Ubisoft está numa posição privilegiada com Assassin's Creed, por que não existem concorrentes diretos! Eles tem um jogo que difere quase totalmente do padrão cansativo que veio com a era dos FPS competitivos. Isso faz com que a série já possa sair na frente numa competição, mas a fuga do tema de Assassin's Creed está sendo extremamente perceptível - e danosa. No primeiro jogo, apesar de repetitivas, existiam missões de investigação e de observação, e elas eram realmente úteis!
Desde Assassin's Creed: Brotherhood, o que vimos foi quase um Hack 'n Slash!
O terceiro jogo não é ruim, mas na minha (e na grande) opinião, a premissa original do jogo é bem melhor do que só mais um jogo de ação com uma história criativa. Muita gente reprovou o viés no qual a série seguiu! Afinal de contas, os Assassinos são uma ordem secreta!
Parafraseando o próprio Altaïr:
Um dos jogos da Ubisoft mais marcantes em relação à estes aspectos é o Splinter Cell.
Este é realmente o melhor jogo de espionagem que existe!
Mas well, mesmo que a inspiração não venha de Splinter Cell, existe um jogo em desenvolvimento que pode ser um bom exemplo para o caminho que Assassin's Creed poderia seguir.
Esse jogo chama SpyParty.
O jogo pode ser um dos maiores exemplos de jogos de espionagem que nós já vimos.
Em síntese, um jogador - o espião -, infiltrado numa festa, interage meticulosamente com os convidados, enquanto tenta descobrir uma série de objetivos que o levarão à um alvo que o espião terá que eliminar.
Do lado de fora da festa, existe outro jogador - o atirador - que tem que descobrir quem é o espião, e eliminá-lo antes que o alvo seja morto. Um detalhe importante é que o atirador só tem uma bala, o que significa que ele tem que ter certeza de quem é o espião antes de apertar o gatilho.
O jogo se baseia em observação, interpretação e na possibilidade de assumir riscos.
Na nossa opinião, antes de batalhas em alto mar, ou um mundo aberto para ser explorado, era nesse aspecto que Assassin's Creed devia se focar.
No planejamento dos objetivos, e na estratégia de jogo! Essa era a ideia principal do Assassin's Creed no começo.
A maioria dos jogos multiplayer de hoje em dia recompensam os jogadores destemidos, viciados, que farão tudo pra ficar sob os holofotes. Você não ganha nenhum respeito ou prestígio no Black Ops II se ficar escondido num canto esperando os outros jogadores se matarem, você tem que entrar na briga, e morrendo ou não, você está realmente jogando do jeito certo.
Isso é uma das coisas que SpyParty faz bem, e que Assassin's Creed devia fazer também. Ao invés de recompensar o jogador que imitou melhor o Rambo, a vitória depende de paciência e planejamento, levando as coisas pra outro nível.
Desde Assassin's Creed: Brotherhood, o que vimos foi quase um Hack 'n Slash!
O terceiro jogo não é ruim, mas na minha (e na grande) opinião, a premissa original do jogo é bem melhor do que só mais um jogo de ação com uma história criativa. Muita gente reprovou o viés no qual a série seguiu! Afinal de contas, os Assassinos são uma ordem secreta!
Parafraseando o próprio Altaïr:
"We work in the dark, we serve the light. We are Assassins!"Não sei vocês, mas eu vejo nenhum assassino agindo nas sombras desde Assassin's Creed II, e olhe lá! Uma das premissas mais legais do jogo foi perdida no modo single-player, e ainda que o modo multiplayer tente resgatar isso com aspectos de espionagem, ainda existe muito trabalho a ser feito.
"Nós agimos nas sombras, nós servimos a luz. Nós somos Assassinos!"
Um dos jogos da Ubisoft mais marcantes em relação à estes aspectos é o Splinter Cell.
Mas well, mesmo que a inspiração não venha de Splinter Cell, existe um jogo em desenvolvimento que pode ser um bom exemplo para o caminho que Assassin's Creed poderia seguir.
Esse jogo chama SpyParty.
O jogo pode ser um dos maiores exemplos de jogos de espionagem que nós já vimos.
Em síntese, um jogador - o espião -, infiltrado numa festa, interage meticulosamente com os convidados, enquanto tenta descobrir uma série de objetivos que o levarão à um alvo que o espião terá que eliminar.
Do lado de fora da festa, existe outro jogador - o atirador - que tem que descobrir quem é o espião, e eliminá-lo antes que o alvo seja morto. Um detalhe importante é que o atirador só tem uma bala, o que significa que ele tem que ter certeza de quem é o espião antes de apertar o gatilho.
O jogo se baseia em observação, interpretação e na possibilidade de assumir riscos.
Na nossa opinião, antes de batalhas em alto mar, ou um mundo aberto para ser explorado, era nesse aspecto que Assassin's Creed devia se focar.
No planejamento dos objetivos, e na estratégia de jogo! Essa era a ideia principal do Assassin's Creed no começo.
A maioria dos jogos multiplayer de hoje em dia recompensam os jogadores destemidos, viciados, que farão tudo pra ficar sob os holofotes. Você não ganha nenhum respeito ou prestígio no Black Ops II se ficar escondido num canto esperando os outros jogadores se matarem, você tem que entrar na briga, e morrendo ou não, você está realmente jogando do jeito certo.
Isso é uma das coisas que SpyParty faz bem, e que Assassin's Creed devia fazer também. Ao invés de recompensar o jogador que imitou melhor o Rambo, a vitória depende de paciência e planejamento, levando as coisas pra outro nível.
Disse tudo, parabéns!
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